domingo, 24 de julho de 2011

DEPOIS DA MARCHINHA, VEM TRÊS COMPOSIÇÕES DE ROCK (sem áudio e partituras, por enquanto):


Sigo em frente, busco algo:
Diferentes emoções
Ainda finjo traçar-me em retas
Mas ando circulando em dilemas

Verdades ou mentiras,
Concretas fixações
Desejos, fantasias, revoluções
Mistérios mil
Pra quem nunca ouviu:
REFRÃO:
Odeio regras, odeio o pudor
Detesto ficar nesse túnel muito estreito

Nada está perdido, contudo isso
Não posso viajar pra qualquer lugar
E deixar o tecnoavanço nuclear
Jogos de batalha: no céu, no mar
Campo medieval, é tão mortal
Fácil exploração: comércio natural

Juntando-me aos meus pedaços,
Me divirto com a inércia cultural, irracional
Curiosidades ao invés de idéias
Refletindo no descaso: economia-capital

Sinto muito se pisei na bola
Jogando futebol na quadra da minha escola

Segredos, confissões, poesia ideal
Cartazes e sonhos pendurados num mural
Mistérios mil
Pra quem nunca ouviu:
REFRÃO:
Odeio regras, odeio o pudor
Detesto ficar nesse túnel muito estreito


TERCEIRO MILÊNIO

Será que é por não estarmos no trópico de câncer

Que nenhum de nós tem sonho utópico, romance
Será que por entrarmos no fundo do poço
Não temos vontade de mudar tudo de novo

Será que é por pura inocência nossa

Que herdamos a muda violência, a fossa
Será que é por sermos latino-americanos
Que até estamos confundindo os anos

REFRÃO:
Mais um ano se passou

E nada mudou
Devo prosseguir
Mais um dia com você
Sem ter o que fazer
Nem pra onde ir

Será que é por causa da geração coca-cola

Que consumimos alguma porção de esmola
Será que é por ausência de mídia sensata
Que fazemos autocrítica errada

Será que a culpa é da geografia ou da história

Por “Tarmos” numa fria e sem memória
Será que é por efeito do terceiro milênio
Que transformamos guerreiro em gênio


CICLO VICIADO

Eu estava ali, querendo fugir
Então, passou um guri e me perguntou
Se eu queria roupa, lençol, cobertor
Ou se estava apenas querendo dormir
E o garoto, depois de tanto insistir,
Percebeu tristeza no olhar e a dor
Sociedade inteira tentava encobrir
Mas o tempo e a hora nunca apagou
A vergonha d’um indivíduo sendo servil
Numa vida sem rumo, sem lei em vigor
A esperança que tinha, acho que perdi
A miséria e a fome me alcançou
No olhar da criança se via verdade
A mediocridade renega o valor
O ônibus lotado, a falta de trocado
Um miserável me pede um favor:
“Tô desempregado, to embriagado,
Tô pedindo um dotô
Sô um condenado, da vida: adversário
REFRÃO:
Ai, eu tô com dô...
Ou, ou, uoou
Ai, eu tô com dô
Ô, ô, ô, ô”

(TRECHO RAP)
Se você nascer, espere acontecer
O mundo tá virado, de cabeça para o lado
Não me leve a mal, mas isso é tão normal
Faz parte do ditado, do ciclo viciado
Que diz assim: jogo sem fim
Esperam resultado, quando tudo dá errado
E com moral, em cena mais fatal
Te matam, te esfolam
Apenas por capital



OBS: Todas as três músicas são de minha autoria: Tadeu William. E a maioria de minhas obras estão devidamente registradas e portanto com direitos autorais, desde vários anos atrás!

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